quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Mentirinha

Uma mentirinha não faz mal a ninguém.
Será?
Temos que saber identificar o tipo de mentira que estamos lidando.
Porque nem todas as mentiras são de todo o mal.
Ex: Sua amiga tá super deprê porque terminou o namoro, ai você a leva para um passeio ao parque e de repente, BUM, vocês se trombam com o ex junto de uma linda mulher.
Passado o perrengue, você vira pra sua amiga e comenta que a mulher era uma baranga, cheia de celulite, parecia uma favelada e tudo mais (mesmo achando ela bem bonitona!).
Ex: Depois de meses de tentativa você consegue reunir uns amigos que não vê a tempos, e uma colega sua (aquela meio chata, sabe?) te liga chorando as pitangas porque brigou com todo mundo em casa e precisa sair pra espairecer...O que vc faz? Diz que tá meio gripada, não tá legal pra sair, não vai ser uma boa companhia, desliga o telefone em meio a umas tosses de cachorro, e simbora pro bar manguaçar com os amigos.
O problema é quando a mentira vai criando vida própria, começa bem pequenininha e de repente já se transformou num monstro destruidor de cidades (que nem aquele de marshmallow sabe?).
Ex: Você dá um cano no seu “rolo” pra sair com suas amigas (no caso nem é pra ficar com outra pessoa, simplesmente pra respirar outros ares!), ai você fala que o povo da facul vai se reunir na casa de outra menina pra estudar e que provavelmente vocês vão ficar até tarde, e você acabe dormindo lá.
Ai o “rolo” te liga umas onze e meia pra te desejar boa noite (ele não é um fofo?), e você sai correndo pro banheiro da balada, pede pra todas as meninas fazerem silencio e com voz de sono atende e diz que ainda tem muito estudo pela frente.
No dia seguinte vocês se encontram na facul, ele pergunta pra você como foi o estudo, você diz que foi bom, sem entrar em detalhes, nisso chega uma menina do seu lado e grita: “É isso ai amiga, arrasou ontem”, você faz cara de desentendida e leva o “rolo” pra longe dali. E pode ser que a história termine ai, mas pode ser que comece uma sucessão de perguntas óbvias de seu “rolo” que vão te levando a um beco sem saída, e de repente uma mentirinha besta, se torne seu pior pesadelo.
È, mentira é PHoda, uma hora ou outra a gente se estrepa, o negócio é jogar limpo e ter o jogo bem aberto (seja com quem for).
Porque senão o monstro de marshmallow vai te levar barranco abaixo.
Kel*

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

DAR NÃO É FAZER AMOR

Dar é dar.
Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido.
Mas dar é bom pra cacete.
Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca...
Te chama de nomes que eu não escreveria...
Não te vira com delicadeza...
Não sente vergonha de ritmos animais.
Dar é bom. Melhor do que dar, só dar por dar.
Dar sem querer casar....Sem querer apresentar pra mãe...
Sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo.
Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral...
Te amolece o gingado...
Te molha o instinto.
Dar porque a vida é estressante e dar relaxa.
Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã.
Tem pessoas que você vai acabar dando, não tem jeito.
Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem esperar ouvir futuro.
Dar é bom, na hora. Durante um mês. Para os mais desavisados, talvez anos.
Mas dar é dar demais e ficar vazio.
Dar é não ganhar.
É não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro.
É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir.
É não ter alguém pra querer casar, para apresentar pra mãe, pra daro primeiro abraço de Ano Novo e pra falar:
"Que que cê acha amor?".
É não ter companhia garantida para viajar.
É não ter para quem ligar quando recebe uma boa notícia.
Dar é não querer dormir encaixadinho...
É não ter alguém para ouvir seus dengos...
Mas dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito.
Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor.
Esse sim é o maior tesão.
Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar.
Experimente ser amado...
"A vida é a arte de tirar conclusões suficientes de dados insuficientes"
Luiz Fernando Veríssimo

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Mongolândia

Na Mongolândia todo mundo é mongol.
Aquela pergunta que normalmente vem em tom irônico – “Você é mongol?” – vem com uma resposta em tom óbvio – “Sou sim, por que?”.
Nascidos na Mongolândia, eles migram para diversos lugares.
Para reconhecer um mongol é fácil.
Os machos têm um andar mole, desengonçado, semelhante aos macacos.
A risada é forçada (provavelmente porque nunca entendem a graça das coisas), seus corpos são deformados (ou estão acima do peso, ou malham somente a parte superior do corpo, criando o “efeito coxinha”), suas roupas são “da moda” (não se importam em estarem confortáveis, bem vestidos ou não), sua experiência sexual é mínima (ou são péssimos na cama, ou não tem noção do que fazer em uma), seus cabelos são ridiculamente arrumados (com gel, com penteado fashion, com chapéu da moda – nunca estão com cabelo desarrumado ou com demonstração qualquer de personalidade).
As fêmeas andam em passos pequenos, como formigas apressadas (normalmente tentando se equilibrar em enormes saltos, ou arrastando os chinelos – devem sofrer de algum problema cerebral que coordena o equilíbrio), são excessivamente magras (lembram corpos infantis, sem formas), o restante assemelha-se com os machos, risada forçada, roupas “da moda”, experiência sexual mínima (algumas fêmeas provocam o macho, mesmo não tendo o que oferecer), cabelos ridiculamente arrumados.
Os mongóis têm conhecimento restrito da vida.
Interessam-se somente em saber aquilo que o Mongol Mor passa a eles (roupa da moda, lugar da moda, cor da moda, comportamento da moda – acreditem, isso existe!), vivendo sempre na mesma vidinha de merda.
Se algum dia você se deparar com um ou mais mongóis, não tema, eles são inofensivos, alguns podem ser violentos, mas nada que algumas “verdades” ou socos na cara mesmo, não resolvam.
Agora se você encontrar com algum deles e não se sentir incomodada (o), cuidado! você corre um risco grande de ser um deles, e nunca ter percebido.
Kel*

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

A BUNDA DURA

"Tenho horror a mulher perfeitinha.
Sabe aquele tipo que faz escova toda manhã, tá sempre na moda e é tão sorridente que parece garota-propaganda de processo de clareamento dentário? E, só pra piorar, tem a bunda dura!? Pois então, mulheres assim são um porre. Pior: são brochantes. Sou louco? Então tá, mas posso provar a minha tese. Quer ver? a - ESCOVA TODA MANHÃ: A fulana acorda as seis da matina pra deixar o cabelo parecido com o da Patrícia de Sabrit. Perde momentos imprescindíveis de rolamento na cama, encoxamento do namorado, pegação, pra encaixar- se no Padrão "Alisabel é que é legal". Burra. b - NA MODA: Estilo pessoal, pra ela, é o que aparece nos anúncios da Elle do mês. Você vê-la de shortinho, camiseta surrada e cabelo preso? JAMAIS. O que indica uma coisa: ela não vai querer ficar"desarrumada" nem enquanto tiver transando. É capaz até de fazer pose em busca do melhor ângulo perante o espelho do quarto. Credo. c - SORRISO INCESSANTE: Ela mora na vila do Smurfs? Tá fazendo treinamento pra Hebe? Sou antipática com orgulho - só sorrio para quem provoca meu sorriso. Não gostou? Problema seu. Isso se chama autenticidade, meu caro. Coisa que, pra perfeitinha, não existe. Aliás ela nem sabe o que a palavra significa, coitada. d - BUNDA DURA: As muito gostosas são muito chatas. Pra manter aquele corpão, comem alface e tomam isotônico (isso quando não enfiam o dedo na garganta pra se livrar das 2 calorias que ingeriram), portanto não vão acompanhá-lo nos pasteizinhos nem na porção de bolinho de arroz do sabadão. Bebida dá barriga e ela tem HORROR a qualquer carninha saindo da calça de cintura tão baixa que o cós acaba onde começa a pornografia: nada de tomar um bom vinho com você. Cerveja? Esquece! Melhor convidar o Jorjão.Pois é, ela é um tesão. Mas não curte sexo porque desglamouriza, se veste feito um manequim de vitrine do Iguatemi, acha inadmissível você apalpar a bunda dela em público, nunca toma porre e só sabe contar até quinze, que é até onde chega a seqüência de bíceps e tríceps. Que beleza de mulher. E você reparou naquela bunda? Meu Deus... Legal mesmo é mulher de verdade. E daí se ela tem celulite? O senso de humor compensa. Pode ter uns quilinhos a mais, mas é uma ótima companheira de bebedeira. Pode até ser meio mal educada quando você larga a cueca no meio da sala, mas adora sexo. Porque celulite, gordurinhas e desorganização têm solução (e, às vezes, nem chegam a ser um problema). Mas ainda não criaram um remédio pra futilidade. Nem pra dela, nem pra sua."
Arnaldo Jabor