sábado, 15 de maio de 2010

16.05.10

casas empilhadas uma nas outras
A DesorDem é a OrdeM
o convívio social é natural
nascemos próximos
a rua é o nosso quintal conjugado
nada é tão planejado
se sobrevive e se malandra em meio as paixões

aqui tudo é nosso
sua vida, minha
segurança sem grades
empilhadas
eu vejo o que você vê

da lama preta
impreguinada
o caráter transpira
já nem é dor é poesia

a proteção do santo no corpo
santo nosso de todo dia
rezamos
em comunhão com a dor

e do sofrimento desaflora uma rosa
cor de vinho pra lembrar o sangue
que escorre dos espinhos que nos furam
os olhos
as mãos
os pés

sonhos distantes motivam o dia a dia
o choro da criança o tiro o riso o passo
nessa realidade é o que tenho

esperança fé em deus ilusão...

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